O julgamento da greve dos professores do Estado, que estava marcado para hoje no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi adiado para a próxima segunda-feira. Com o isso os professores continuam a greve, mas em Angra, o colégio Ceav colocou carro de som pelas ruas do Centro, convocando aos alunos voltarem para as salas de aulas normalmente a partir de amanhã.
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| OS PROFESSORES REUNIDOS NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA NO RIO |
Por telefone, no final da tarde de hoje, a reportagem do Comunidade em Ação falou direto do Rio de Janeiro com Eduardo Bezerra, coordenador do movimento, que confirmou a continuação da greve pelo menos até segunda-feira, quando haverá nova assembléia no Rio de Janeiro.
Quanto a tentativa do Ceav, Eduardo explicou que haverá piquete (grupo de grevistas postos diante de um local de trabalho para impedir a entrada de trabalhadores), na porta de escola para convencimento dos alunos e professoras da importância do movimento continuar. - Querem aplicar a prova do SAERJ (Sistema de Avaliação do Estado do Rio) nas disciplinas de português e matemática. Será uma avaliação inconfiável, porque alguns alunos não tem professor de português e outros não tem os de matemática - explicou Eduardo.
O QUE ACONTECEU HOJE NO RIO
Desde o meio-dia, os manifestantes se concentraram na praça da Candelária, depois seguiram pela Av. Rio Branco, até chegarem ao Tribunal de Justiça. Lá, ficaram em vigília enquanto aguardavam o resultado da audiência que envolveria representantes do sindicato, os secretários de planejamento, Sérgio Ruy, e de educação, Wilson Risolia.
No, entanto, o governo, que já tinha começado repensar suas ações contra a greve, não apareceu. Os secretários alegaram que só receberam a intimação ontem, dia 27, o que impossibilitou o comparecimento. Ainda assim, eles não conseguiram se safar de dar uma explicação e apresentar uma proposta consistente na reunião, que acontecerá na próxima segunda, dia 04/07 - os dois estão intimados a comparecer.
Tivemos tempo para conversar e expor a situação ao juiz e à promotora que acompanha o caso (a mesma que deu parecer favorável às greves de Caxias e São Gonçalo), falando a realidade apenas, e que nós conhecemos bem, ao contrário da SEEDUC. Os dois se mostraram bastante sensibilizados com a situação de miséria da categoria.
O SEPE apresentou os estudos que vem fazendo desde o início da campanha salarial, provando que o governo do estado investe pouquíssimo em educação, e que tem tido sucessivos seperávits, mas que não dá aumento para os profissionais da educação porque quer levar o ensino estadual à falência e entregar os bens públicos nas mãos de seus amigos empresários. Coordenadora do Sepe-central, Bia Lugão, diz que o juiz encarregado do caso reconheceu previamente que o movimento tem uma grande proporção em todo o estado, do que a SEEDUC tem medo, por isso tem insistido na mentira de que a adesão e baixa. O TJ vai cobrar uma resposta do governo estadual. E precisamos manter a mobilização.
Assembleia amanha, dia 29, no Club Municipal, na Tijuca, às 14h, para decidir os rumos do movimento. Vai haver coondução saindo do CEAV, às 10h.
Precisamos boicotar o Saerj nesta quarta (29). Professor, va para sua escola e convença seus alunos a não fazer a prova. Aluno conveça seus colegas a não fazer. Risolia balança no cargo, e seus seguidores vão cair junto com ele e seu Plano de Metas, fajuto.
